RESULTADO DO 7° CONCURSO LITERÁRIO JORNALISTA VALACIR CREMOSE


7º CONCURSO LITERÁRIO “JORNALISTA VALACIR CREMONE”

CANDIDATOS SELECIONADOS
CATEGORIA ADULTA

1º LUGAR: Lourdes Hübler – Santa Cruz do Sul, RS
2º LUGAR: Gabriel Francisco de Mattos – Cuibá, MT
3º LUGAR: Amélia Marcionila Raposo da Luz – Pirapetinga, MG

4º ao 10º selecionado – Selecionados em ordem alfabética
Adriano Jeferson Dreher – Sobradinho, RS
Beloni Prestes Faller – Sobradinho, RS
Geraldo Trombin – Americana, SP
Janete Teresinha Schuh – Tamanduá, Segredo, RS
Neiva Marli Bartz Rubert – Tamanduá, Segredo, RS
Rosa Maria Pasa – Passa Sete, RS
Sandra Arlete Pohlmann Redin – Sobradinho, RS

CANDIDATOS SELECIONADOS
CATEGORIA JUVENIL

1º LUGAR: Júlia Pereira Unfer -Sobradinho, RS – E.E.E.F. Lindolfo Silva
2º LUGAR: Carolina Dors Menegazzi - Sobradinho, RS – E.E.E.F. Lindolfo Silva
3º LUGAR: Luciana Cassol Turcatto – Sobradinho, RS - E.E.E.F. Lindolfo Silva

4º ao 10º selecionado – Selecionados em ordem alfabética
Andriéli Berto – Sobradinho, RS - E.E. E.B. Pe. Benjamim Copetti
Cristina Bernardy - Tamanduá, Segredo, RS  – E.E.E.F. Miguel Mergen
Felipe Melchior – Sobradinho, RS – E.M.E.F. Adolpho Sebastiany
João Lucas Habekost Freitas Rubert – Sobradinho, RS – E.E.E.F. Lindolfo Silva
Luíza Steinhaus Lisboa – Sobradinho, RS – E.E.E.F. Lindolfo Silva
Nadyanni Andres – Tamanduá, Segredo, RS  – E.E.E.F. Miguel Mergen
Uilian Pavanatto Rodrigues – Passa Sete, RS – E.E. Cristo Rei

CANDIDATOS SELECIONADOS
CATEGORIA INFANTIL

1º LUGAR: Renata Ferraz Ceretta – Sobradinho, RS - E.E.E.F. Lindolfo Silva
2º LUGAR: Brunna Ferraz Dreher – Sobradinho, RS - E.E.E.F. Lindolfo Silva
3º LUGAR: Martina Rita Konrad – Tamanduá, Segredo, RS - E.E.E.F. Miguel Mergen

4º ao 10º selecionado – Selecionados em ordem alfabética
Aline da Silva – Sobradinho, RS – E.M. E.F. Borges de Medeiros
Ana Caroline Mergen – Tamanduá, Segredo, RS - E.E.E.F. Miguel Mergen
André Gustavo Lago – Sobradinho, RS – E.M. E.F. Borges de Medeiros
Elisa Karen de Oliveira – Sobradinho, RS – E.M. E.F. Borges de Medeiros
Eloi Kipper da Rosa – Tamanduá, Segredo, RS - E.E.E.F. Miguel Mergen
Jéssica Daiana Mergen – Tamanduá, Segredo, RS - E.E.E.F. Miguel Mergen
Maria Celeste Souza de Borba Krug – Tamanduá, Segredo, RS - E.E.E.F. Miguel Mergen


Categoria Adulto
1° Lugar

Nome: Lourdes Hübler
Pseudônimo: Aurora
Cidade: Santa Cruz do Sul, RS
Título da Obra: Pretinha Gostosa


PRETINHA GOSTOSA

            Pela janela da cozinha saúdo a Jabuticabeira de 85 anos, copa amiga, condomínio de pássaros. Vida longa no que depender de mim, bela, entre tantas outras. Sei que meu recado foi compreendido. Ela é esperta. Pelo seu tamanho, sua idade, pela sua sensibilidade, tudo ouve e tudo vê. Por tantos motivos, conquistou o direito de usar o J maiúsculo. Foi plantada pela menina de então seis anos em companhia de sua avó. E, desde então, esparramou-se de amores pelo habitat farto de alimento.
            Com a idade, a Jabuticabeira recebeu o privilégio de conversar com suas folhas: - Sou apaixonada, por um cacto gigantesco, aquele do outro lado do jardim. Dá flores iguais a lua cheia. Elas só nascem à noite. Quando São Pedro acorda e abre as portas para Aurora e sua cabeleira dourada, elas humildemente se fecham. Num dia de temporal, não agüentei. Em agradecimento por tanta beleza semeei o caminho até perto dele com vários quilos das jabuticabas mais doces. Acho que entendeu e aceitou minha declaração de amor. Pelo menos vi vários frutos espetados nos seus espinhos.
            Às vezes fala sozinha: - Chegou outra planta. Uma árvore anã, agora os dengos da casa. Fiquei curiosa. Ela diz ser jabuticabeira. (ainda não pode usar o J maiúsculo como eu) É igual a mim, porém menor. Foi enfeitada para a festa de aniversário com maçãs vermelhas, sinos e estrelas. Há-há-há! Que engraçado uma jabuticabeira enfeitada com maçãs! Ela é um bonsai de sete anos. Também dá frutos. Duvido que sejam tão cobiçados como os meus. Os canteiros do jardim são estranhos. Fogem a estética habitual. Imaginem tomates e chás entre rosas, bromélias e cactáceas. As plantas moram muito juntas, em condomínios. O casamento entre elas é comum. Assim, mudam de cor e tamanho sem cerimônia. Outro dia vi uma cena engraçada: um pé de tomate-cerejinha escorado numa agulha de tricô azul.
            Certa vez, senti pena do carteiro, que entregava correspondência no meio da maior chuvarada. Sabem o que me respondeu? – Não precisa ter dó. Eu tenho um emprego. Achei lindo! Sacudi meus galhos e os frutos caíram na mochila dele.
            Céu estrelado e lua cheia me tiram do sério. Fico sonhando em voz alta. Ainda bem que minhas raízes estão firmes no chão. Senão saio voando...
            A Jabuticabeira, feliz, por ter sido chamada tantas vezes de pretinha gostosa, resolveu fazer um pedido à deusa protetora das plantas: Coisa simples: - Quero aprender a cantar como o sabiá. Pode ser? Vai ser o máximo!
            Este ano a menina mais velha, Anita, completa 92 anos. Com tanta chuva, a mais jovem perdeu as flores. Seus condôminos ficarão sem frutos. São coisas que acontecem, infelizmente também na natureza humana... Para alegria de todos, a pitangueira, conseguiu segurar firme sua florada. Presente que oferecem gratuitamente por estes anos em que a motosserra passou longe delas.
            Depois da convivência de tantos anos, meninas de ontem e senhoras de hoje chegaram à conclusão de que, apesar da idade, muito tem a aprender, que não se pode perder tempo com pequenas coisas.
            “Não tenho dinheiro no banco, porém meu jardim está cheio de rosas” disse o poeta. Anita repete a sua maneira: - Não tenho dinheiro no banco, mas tenho uma Jabuticabeira quase secular que é de uma generosidade imensa. Abriga plantas com necessidades especiais, devolve-lhes vida e frescor. É o nosso hospital. Especialmente no dia do seu aniversário agradece por mais um dia vivido junto a estrondosa beleza do jardim que lhe dá tanta alegria.


Categoria Adulto
2° Lugar

Nome: Gabriel Francisco de Mattos
Pseudônimo: Antônio Le Carré
Cidade: Cuiabá, MT
Título da Obra: Secretíssimo


SECRETÍSSIMO

            Meu trabalho é muito importante, e secreto. Não posso dar muitos detalhes, afinal de contas o processo de seleção, ou melhor, de recrutamento, é bastante rigoroso. Principalmente porque você não sabe que está sendo avaliado, é tudo secreto.
            Há uma justificativa, claro: nossos inimigos. Há uma guerra lá fora, e nós estamos participando dela. Podemos ser a primeira linha de defesa, ou o último recurso. Defendemos o mundo livre, o mundo conectado, a liberdade de comunicação.
            Somos a Brigada Mundial para Assuntos Viróticos (BRIMAV, nos dossiês que produzimos). Cada vírus detectado no cybermundo é encaminhado para nossa brigada, e aqui tratamos de desmontá-lo, rastreá-lo, caçá-lo, exterminá-lo. Somos poderosos, mas nossos inimigos também são. E todos os cuidados são poucos.
            Nossa sede secreta domina o mundo, estamos ligados às grandes corporações, aos governos do mundo livre, a outros centros de pesquisa. A batalha é constante, não há trégua, não há descanso. Para cada desmonte nosso, há uma nova e diabólica reviravolta por parte de nossos inimigos. Desconfiamos que há também uma Brigada de Montagem Virótica (BRIMOV) que coordena as ações de inoculação sistemática.
            Minhas atividades são desenvolvidas na linha de frente. Sou dos primeiros que enfrenta o vírus bruto, o cerne da destruição. Acima de mim, só o Departamento de Contatos Diretos, o secretíssimo DeCoDi, a porta fechada e lacrada por várias linhas de senhas e escaneamento de impressões palmares e retinais. Um dia eu chego lá, às mesas do DeCoDi, às decisões estratégicas sobre quem e como enfrentar.
            Bom, o problema é que...
            Um dia entrei na sala secretíssima. Falha humana, demasiada humana, lógico. Coincidiram horários de limpeza com do lanche e do cigarro, mais uma véspera de feriadão. Como tinha de entregar um relatório secreto, fui entrando e cheguei à mesa de meu chefe imediato. E lá estava, para meu pasmo e espanto. Sim, lá em cima, meu último relatório e o projeto, com chancela superior e tudo, de um sobrevírus, da próxima ameaça a ser disseminada no cybermundo. Apenas as tias da limpeza ao lado, e discretamente pude revirar a papelada, só para confirmar que nossos esforços estavam diligentemente reorientados para a nossa mesma retaguarda. E tudo isso ao lado de pedidos muito bem justificados de mais verbas para a nova guerra cybermundial.
            Acho que não fui descoberto, mas detectei certa desconfiança, um perigoso ar de caça às bruxas aqui no BRIMAV a partir daquele dia. Acho que meu apartamento, o simples apartamento que divido com minha santa mãezinha que de nada desconfia, está sendo monitorado, e através da melhor tecnologia de ponta. Estamos sendo convocados para revisões psicológicas, há instabilidade no ambiente de trabalho.
            Com certeza minha promoção ao DeCoDi está descartada. Não tenho certo tipo de fidelidade auto preservativa, culpa de minha formação ética e religiosa. E essa descoberta, esse segredo, esse código inescrupuloso vem me tirando o sono e talvez a razão.
            Tenho que alertar o mundo, e intuo que o caminho do anúncio deve ser o mais aberto e amplo possível. Mas desconfio que o cybermundo está minado, que todos os sensores e filtros estão calibrados para revelar, rastrear e anular o delator.
            Minha consciência cobra ações, meus movimentos estão limitados. À revelação desdobram-se novas indagações. Quem controla tudo isso? Quem manda? Quem obedece? Onde está o Poder? Existe um controle ou estamos em meio a um turbilhão de tenebrosas forças que nos levarão à inevitável entropia final?
            Como transmitir a mensagem? Reinventar o processo da garrafa ao mar? Publicar um codificado anúncio classificado, num grande jornal, com a informação? E como definir meu público específico, que saberá como motivar a Resistência?
            Tenho uma idéia! Claro, um relato ficcional, encaminhado a um concurso literário...


Categoria Adulto
3° LUGAR

Nome: Amélia Marcionila Raposo da Luz
Pseudônimo: Capitu
Cidade: Pirapetinga, MG
Título da Obra: Recado

RECADO

            - Vai, eu sei, tu queres (?) e também precisas ir! Mas, não te esqueças nunca de mim... Sim, eu sei, é ela que te lava as roupas, que te passa as camisas, que te cirze as meias, que te prepara a comida (e até acerta no tempero), que te cria as crias, que te jurou fidelidade no altar até a morte, que a teu lado se deita todas as noites e que te ouve o ronco (sem reclamar?), ou aprecia seu manso ressonar...
            - Vai, ela te espera e exige sempre pontualidade, honestidade ou gorda mesada na crueldade de mais de três décadas vencidas juntos, celebrando festiva todos os aniversários de casamento! Ela te sabe os gostos e os desgostos, e com rédias curtas te comanda a vida como mãe severa a disciplinar o filho rebelde.
            Sim, é ela a companheira perfeita (ou imperfeita?) para a tua vida mascarada entre duas situações afetivas, num triângulo conjugal de trocas e farpas. Quem sou eu, a outra, a das sombras, a das sobras, para competir com tantos pecados... Pequenina, no meu canto escondida, deixo-te somente um recado para ser lido por toda a vida.
            - Vai, mas não te esqueças que no côncavo da minha mão tu deixastes a tua alma, que gêmea com a minha voa distâncias inimagináveis por ela que, na verdade, apesar do tempo, muito pouco te conhece.
Vai, mas eu sempre te direi,que te espero sem desistir nunca. Digo com a alma e com o coração, esse meu cansado coração que tanto reclama a tua presença a meu lado, desejando te dar muito carinho...Na verdade, eu não sou tão importante quanto ela. Perdida nos versos, sou a mulher-poeta que de tanto te amar, aprendeu a brincar com as palavras, mastigando a vida para extravar sentimentos. Sou eu, a outra, aquela sem rosto, mas a que te conhece as canções preferidas que a teu lado descobriu e te mostrou que o mundo não é só feito de números e de trabalho compulsivo, mas de pássaros, de correntezas, de sol, de luzes e de arco-íris, além, muito além daquelas paredes frias do teu cansativo escritório.
            - Vai, mas lembra-te sempre que comigo ficou o brilho do teu olhar na nossa parceria perfeita, sem cobranças, na confiança que brotou e cresceu entre nós pelo nosso dia-a-dia. Recorda-te sempre daquela engasgada, bloqueada, sonhada caminhada que tu prometestes fazer a meu lado pela vida afora, custasse o que custasse e das tantas declarações de amor sussurradas no meu ouvido, nas juras que me fazias pelo grande amor que descobrimos juntos. A vida foi feita para ser somada e não para ser dividida.
            - Vai, ela te espera como sempre... com “bobies” nos cabelos, com rolo de pastel na mão, com saltos à Luiz XV, arrumada ou desarrumada, brava ou mansa, não sei, mas com o chicote da autoridade, próprio da sua adrenalina grosseira, em alta. Vai, fica pra sempre com ela e quando sentir o meu cheiro no corpo dela não te assustes é somente o meu espírito, que com saudades de ti, foi em busca dos teus braços.
            - Vai e leva contigo toda a tua coragem para que tu possas viver sem o meu carinho e toda a minha dedicação e sinceridade. Fecha, por favor, a porta devagar, para que não acorde os nossos sonhos e para que eles não vazem por ela e se percam no vazio da tua ausência...
            - Ah! ... Já ia me esquecendo ... No teu bolso, não deixei uma nota de cobranças pelos anos vividos, mas o meu telefone, o meu e-mail, o meu costumeiro endereço e também a chave do portão do meu coração... Se sentires uma ponta de lança a cravar-te no peito, não te assustes, volta, pois eu te esperarei sempre, com aquele vestido vermelho predileto, (o da Marylin Monroe, lembra-te ?) que tu não cansavas de elogiar ... Se voltares, não te esqueça dos meus chocolates, dos teus beijos com gosto de licor de aniz e dos meus preferidos abraços como de todos os teus laços com os quais me prendestes...
            Então nesse glorioso dia celebrarei, celebrarei! Mas, poderei morrer de alegria pela tua valiosa companhia. Tirarei os lenços que nos cobrem os rostos de amantes condenados e gritarei teu nome pelas ruas, pelos becos, pelas praças puxando-te firme pelas tuas mãos e delas não me soltarei nunca pois tu és meu e eu sou tua, não importam leis ou casamentos de papel. O que importa realmente é o forte sentimento que nos une, inexplicavelmente.
 

Categoria Juvenil
1° Lugar

Nome: Júlia Pereira Unfer
Pseudônimo: Nora Cipriano
Escola: Esc. Est. de Ensino Fundamental Lindolfo Silva, Sobradinho, RS
Título da Obra: Percurso

PERCURSO

            É bonito ver a alegria das pessoas diante do nascimento de um bebê. Quando nascemos somos a alegria da família, todos querem nos pegar no colo, nos abraçar, apertar nossas bochechas, mimar de todos os jeitos aquele pequeno projeto de gente tão fofo e distribuir lembrancinhas com o famoso “cheguei”.
            Crescemos, vamos para a escola, fazemos amigos, temos nosso primeiro amor, primeiro beijo, fazemos coisas erradas, coisas certas, entramos na fase da rebeldia onde somente nós temos razão, arrumamos brigas por qualquer motivo bobo, damos dor de cabeça a nossos pais pelas más companhias, rimos, choramos, sofremos, não queremos nada com nada, vivemos descontraidamente. Essa é a fase de arrependimento de nossos pais.
            Então chega a hora de parar de levar as coisas na brincadeira e decidir o que queremos daqui pra frente. Sair de casa, que faculdade fazer, que carreira seguir, relacionamentos sérios.
            Nos formamos, arranjamos um emprego fixo, encontramos aquela pessoa especial, casamos, vamos morar juntos, temos filhos, começamos uma família.
            Aí começa a correria: trabalhar, cuidar da casa, dos filhos, do marido/esposa, contas pra pagar, compras mensais a fazer.
            O tempo passa, você envelhece, é substituído por alguém mais jovem no trabalho, seus filhos vão pra faculdade, têm filhos, constroem suas próprias vidas.
            Você vai envelhecendo, se olha no espelho e vê que não é mais o mesmo, sua visão, audição, memória já não são mais as mesmas. Vê sua vida passar por seus olhos, suas conquistas, seus filhos já adultos, seus netos crescendo, pergunta a si mesmo se fez tudo aquilo que queria, algum arrependimento?
            Você já cumpriu todas as metas, terminou seu caminho. Então se despede do mundo, da vida que concluiu e das pessoas que deixou. Ficam as ações, alegrias que demos aos outros, o apoio, nosso jeito de ser e de ver o mundo e, através disso, continuamos vivos na memória daqueles que passaram por nossas vidas. E, se pudermos deixar algum patrimônio, será uma bela lembrança da qual ninguém vai reclamar.


Categoria Juvenil
2° Lugar

Nome: Carolina Dors Menegazzi
Pseudônimo: Plick-Plack
EScola: Esc. Est. de Ensino Fundamental Lindolfo Silva, Sobradinho, RS
Título da Obra: Tire o chapéu para o Brasil

TIRE O CHAPÉU PARA O BRASIL

            Estamos na Semana da Pátria e, com ela, vêm muitas obrigações. Por exemplo, temos que desenferrujar o nosso Hino Nacional para hastear a Bandeira do Brasil.
            Este é um acontecimento muito interessante no meu colégio. E, é claro, muito esperado por todos os alunos do turno da manhã – de 5ª à 8ª série. A galera vai correndo até a frente da escola no primeiro horário, emocionada por todo aquele sentimento patriótico que brota em cada um, manifestado à meia voz: “Oba! Se foi a primeira aula”, e variados.
            Bem, seja como for, o primeiro passo é dado com muito entusiasmo: todos se posicionam em frente à Bandeira como verdadeiros soldados... Soldados cansados e entediados, ok, mas tá valendo.
            Até aí, tudo bem. Onde o negócio se complica realmente é naquela parte de tirar os chapéus/bonés/tocas/etc. A frase que deve passar por cada cabecinha é: “Com tanta corrupção, com o estado precário da educação, da saúde, da segurança, da moradia brasileira, por que deveríamos tirar o chapéu para o Brasil?
            Como jovens revolucionários, aproveitam qualquer oportunidade para fazer uma manifestação mostrando sua indignação com o rumo do país. Não vão tirar o boné e pronto! Com o ato de rebeldia dos mais fortes, os menos conscientes aproveitam a chance para não mostrar o estado lamentável dos seus cabelos que não recebem os cuidados do pente há muito tempo. Mas no fim, tudo dá certo.
            Próximo passo: lembrar e realmente cantar o Hino Nacional. Afinal, não estamos em nenhuma Copa Mundial de Futebol ou Jogos Olímpicos para cantar como se estivéssemos em algum concurso de calouros. Porque, cá entre nós, eventos esportivos são um dos pouquíssimos momentos que realmente temos orgulho de dizer que somos brasileiros.
            Mas, apesar de tudo, ao final da audição do Hino, o único som é o do silêncio. Todos estão tocados pela beleza de sua melodia e letra e tomados pelo sentimento de revolução. Querem tornar nossa pátria num lugar melhor para viver. Todos querem um papel importante, fazer a diferença, fazer jus ao “Independência ou morte!” e poder dizer com orgulho “Pátria amada, Brasil!”.
            E é nossa atmosfera que todos voltam para suas salas, com pouca vontade de encarar as próximas 4 horas de aula, mas com aquele desejo de mudar o rumo do país, despertando pelo entoar do Hino, que tocou seus corações.

 
Categoria Juvenil
3° LUGAR

Nome: Luciana Cassol Turcato
Pseudônimo: Bella Sanders
Escola: Esc. Est. de Ensino Fundamental Lindolfo Silva, Sobradinho, RS
Título da Obra: A morte

A MORTE

Tenho um certo receio de escrever sobre uma coisa tão complexa quanto a morte, é tão contraditória, tão estranha, tão incrível. É incrível sim, como só uma palavra causa tanta dor.
Morrer é inevitável, mas por que uma coisa tão natural da vida tem o poder de causar tanto sofrimento? Só quem já perdeu alguém importante pra saber como é essa experiência. As pessoas te enchem de palavras que supostamente te confortariam, mas não confortam. É “meus pêsames”, “sinto muito”, “vai ficar tudo bem”, já vi até gente se confundir e dizer “meus parabéns”. Mas, na verdade, são poucas pessoas que realmente sentem muito e se importam com o que você está passando. O resto só tenta ser amigável. Por isso, digo logo, é muito melhor um abraço sincero do que palavras sem sentido jogadas ao vento.
Dizem que com o tempo a gente esquece, mas às vezes tenho a impressão de que quanto mais o tempo vai passando mais a saudade vai aumentando. E essa vontade de matar a saudade vai se tornando sufocante, mas você simplesmente não pode, porque essa pessoa já está muito longe.
Fico pensando para onde as pessoas vão depois que morrem. Mas não sei nem se as pessoas realmente morrem, quem garante que isso não é apenas um renascimento? Essas questões são muito complexas e difíceis de serem entendidas, cada pessoa acredita no que bem entende. Só espero realmente que as pessoas importantes pra mim que já partiram estejam bem.
É estranho caminhar por um cemitério, apesar de saber que as pessoas que estão ali já partiram, você sente uma paz enorme, uma coisa que te renova, que te faz parar pra pensar nas coisas que você tem que fazer antes de partir.
Há o medo de envelhecer e pensar que poderia ter aproveitado mais a vida, mas ficar pensando muito nisso também não ajuda em nada, não me faz viver mais intensamente.
Apesar de todo sofrimento que a morte pode trazer, você aprende inúmeras coisas, uma delas é a se manter forte. E que nenhum problema é maior do que você possa superar, só basta acreditar.


Categoria Infantil
1° Lugar

Nome: Renata Ferraz Ceretta
Pseudônimo: Naná
Escola: Esc. Est. de Ensino Fundamental Lindolfo Silva, Sobradinho, RS
Título da Obra: Tudo tem dois lados


TUDO TEM DOIS LADOS

   Tudo tem dois lados. Lado bom e lado ruim.
   Acordar cedo, mais precisamente ás 6:25h nos dias de semana, tem dois lados.
   O lado bom é que eu posso assistir desenhos, filmes, fazer a lição de casa sem pressa, tomar café descansada, me arrumar direitinho prá ir à escola.
   O lado ruim é que não durmo o suficiente e fico com muito sono, o dia todo. E no inverno então...É um frio!!! Dá pena de deixar a cama e sair de debaixo das cobertas.
   Ter uma mãe professora, também tem dois lados.
   O lado bom é que tenho alguém que me ajuda a estudar para as provas, me auxilia, corrige meus deveres de casa e me ensina coisas além do que aprendo na escola.
   O lado ruim é que tenho alguém que “pega no meu pé” se erro alguma coisa ou tiro nota “baixa”, ao menos prá ela, nas avaliações.
   Ter uma irmãzinha mais nova,também tem dois lados.
   O lado bom é ter alguém que me entretêm, me diverte, me acompanha; alguém que alegra a casa até mesmo com suas travessuras.
   O lado ruim é levar sempre a culpa de tudo que acontece de errado, e não ter a mesma compreensão que ela tem.
   Ter a mãe fora de casa à noite também tem dois lados.
   O lado bom é que ela está trabalhando mais, ganhando mais dinheiro e isso significa que posso pedir mais presentes e, até mesmo tenho chance de ganhar mais coisas.
   O lado ruim é que sinto muito a falta dela á noite, pois é quando, normalmente as famílias estão reunidas em casa para jantar e conversar sobre como foi o dia, além disso, preciso ficar acordada até muito tarde para esperá-la, porque não consigo dormir sem ela chegar.
   Pois é, tudo tem dois lados.
   Devemos sempre entender esses dois lados e procurar conviver com ambos, mesmo que, ás vezes, precisemos nos sacrificar um pouquinho porque a vida nem sempre pode ser como a gente quer.
   Aproveite, sempre, o lado bom da vida e aceite o ruim, na esperança que um dia ele possa ficar bom.

Naná

Categoria Infantil
2° Lugar

Nome: Brunna Ferraz Dreher
Pseudônimo: Bailarina
Escola: Esc. Est. de Ensino Fundamental Lindolfo Silva, Sobradinho, RS
Título da Obra: Música para os meus ouvidos


MÚSICA PARA OS MEUS OUVIDOS

            Música para os meus ouvidos é ouvir os passarinhos cantarem, sonharem, voarem e viverem o que Deus deu pra eles, a liberdade.
            Música para os meus ouvidos é ouvir as ondas do mar, cantar, nadar, viver o mar.

            Ouvir as crianças felizes, sorrindo e brincando também é música para dos meus ouvidos.
            Música para os meus ouvidos são grilos cantando de noite, como o luar da cerração, meu estímulo de verão.
            É o barulho das árvores balançando, folhas caindo, para a gente respirar e viver.
            Música para os meus ouvidos é a brisa batendo no meu rosto, com o ar puro, bem gostoso, isso é que é viver! É tudo o que existe na natureza...
            É tudo que me faz ouvir.
            Música para os meus ouvidos é ouvir minha mãe e meu pai cochichar, à noite, com carinho: _ Te amo filhinha!

Bailarina

Categoria Infantil
3° LUGAR

Nome: Martina Rita Konrad
Pseudônimo: Itia
Endereço: Esc. Est. Ens. Fund. Miguel Mergen, Tamanduá, Segredo, RS
Título da Obra: Crônica do dia a dia


CRÔNICA DO DIA A DIA

            Agradeço a Deus dia a dia por vários motivos:
            No primeiro dia da semana agradeço por ter acordado com vida e por ter saúde.
            No segundo dia agradeço por ter saúde, alimentos e mais importante por ter uma bela família.
            No terceiro dia da semana agradeço por ter CSA, por ter uma família feliz uma irmã que eu gosto muito e que brinca comigo.
            No quarto dia da semana continua agradecer pela vida...
            No quinto dia da semana.
            Sou feliz porque cumpri com o dever e estou freqüentando a escola.
            No sexto dia parei e comecei a pensar e relembrar o que aconteceu durante a semana...
            No sétimo dia mais alegre fiquei o final de semana chegou: descanso, passeio e brincadeiras vou ter...
            Portanto seja feliz e aproveite todos os dias da semana, faça de sua vida algo interessante, ame a todos.


CATEGORIA ADULTA - SELECIONADOS DE 4° A 10° SEM CLASSIFICAÇÃO

Nome: Beloni Prestes Faller
Pseudônimo: Filomena
Cidade: Sobradinho - RS
Titulo: Filó

Filó

Filó é de fino trato, adora tomar banho e colocar florzinha na cabeça. Usa roupa sob medida e no inverno não recusa cachecol. Adora dormir no sofá, apesar de ter uma caminha fofinha só pra ela. É uma gracinha, pretinha com olhos cor de mel e não dispensa as guloseimas que a mamãe prepara. Gosta de ficar junto com as crianças brincando, tem um ouvido que é só pra ver. Obediente, nunca fora para a rua, apesar de ser pequena.
Um dia, porém, Filó foi para frente da casa, acompanhando papai que sairia para o trabalho. Estava ela na calçada quando avistou no outro lado da rua um gatinho. Mais que depressa, Filó saiu correndo em direção ao bichano, porém, ao atravessar a rua, um carro veio em sua direção. Pobre Filó ficou em baixo do automóvel!
O pessoal socorreu-a, fizeram massagem e nada, Filó continuava imóvel, sem mexer uma unha. Coitadinha, tão amiga, tão brincalhona, que tristeza, diziam. Precisávamos providenciar o enterro, colocaram Filó no carro, levando aquela que por muito tempo foi o Xodó da família, para um lugar onde pudesse descansar. Ao pegar a Filó, resolveram dar o ultimo adeus para aquele ser que tanta felicidade trouxe à família e qual fora a surpresa? Ela estava muito mal, mas ainda estava viva.
Mais que depressa, levaram-na para o médico de animais, que assim falou: - Não tem jeito, não há o que fazer!
Muito tristes, trouxeram Filó para casa e começaram a medicá-la. Aos poucos, cercada de muito carinho e amor, conseguiu se restabelecer.
Ficou com algumas sequelas, é bem verdade, mas viva.
Hoje, Filó é mais mimada ainda e todos os dias a família agradece ao Santo Protetor dos animais pela graça recebida. Afinal, eles muitas vezes são mais amigos e leais do que os homens que se julgam superiores, mas que maltratam os bichinhos como se eles não tivessem sentimentos.
Filó é um exemplo vivo que podemos fazer pelos animais, amá-los e respeitá-los, contemplando-os em sua plenitude é estar preservando a natureza e também estar mais próximo a Deus.


Nome: Adriano Jeferson Dreher
Pseudônimo: Campeiro
Cidade: Sobradinho - RS
Titulo: A Sustentabilidade do Meio ou O Meio da Sustentabilidade

A Sustentabilidade do Meio ou O Meio da Sustentabilidade?

Políticas públicas, e também privadas, discursos, cursos, propagandas e investimentos. O assunto SUStentabilidade parece estar mesmo a deriva de um Sistema Único da minoria desfavorecida que busca realmente desenvolver ações para a preservação do meio. Embora os incentivos de grandes mercenários, empresários e governantes, poucas atitudes praticas visualizamos destes “honrados homens” que descartam cotidianamente tudo, ate mesmo seres humanos, na busca do poder, da ambição, e do extremo luxo de seu meio.
A sustentabilidade entoa versos e falas glamorosas, mas, temos como “sustentar” as palavras jogadas ao vento em prol da defesa efetiva do meio ambiente natural?
Sustentabilidade emana comunitariamente tomar nossas condições no processo de sobrevivência pertinentes apenas às nossas necessidades presentes, sem comprometimento co a defasagem dos recursos naturais para as gerações futuras. O que vemos, no entanto, é que o terno tornou-se um suporte de promoção, um “meio” para a sustentabilidade de discursos ambientais e propostas de governo.
            Sustentar palavras, nos tempos dos “homens de bigode na cara” era transformá-las em ações, sem esmorecer ou emergir qualquer gesto de contrariedade ao que foi dito. Assim, a sustentabilidade do meio é atitude de poucos. Mais uma vez estamos “retirando” do meio ambiente sem se retomar e Ele, ou seja, a intencionalidade do uso mágico da expressão “sustentável” denigre ainda mais a natureza, não contribuindo em nada com sua preservação, apenas mascarando os impactos causados por um “extrativismo”, um tanto “primitivo”.
Este jogo de palavras reflete um jogo de interesses. Dimensões inimagináveis entornam este cenário que busca um meio para a “sua” sustentabilidade, utilizando-se da sustentabilidade do meio!


Nome: Sandra A. Pohlmann Redin
Pseudônimo: Salete
Cidade: Sobradinho - RS
Titulo: Simplesmente Amor

Simplesmente Amor

Dia desses conheci dona Bibiana, senhora miudinha, de semblante tranquilo, olhar esperto, oitenta e oito anos de vida e muito boa de prosa. Pude ouvir uma pequena parte de sua historia, que ela contou com clareza e riqueza de detalhes.
Órfã de mãe aos seis anos de idade foi criada por um casal de descendentes de imigrantes alemães, tendo o pai de criação nascido na viagem de vinda ao Brasil. Dona Bibiana fala com grande carinho de tudo o que aprendeu deles, lições de bom comportamento, o trabalho com a casa e com a terra, o respeito ao próximo e a natureza e inclusive a língua alemã.
Conta orgulhosa que se casou ainda jovem e teve todo apoio dos pais que lhe presentearam com terra, casa e todo o necessário para iniciar uma nova vida, e neste momento, nem pausa, olha o horizonte e dos seus olhos vejo brotar um brilho diferente enquanto vai contando sua vida ao lado do amado esposo, historias de lutas, trabalho, alegrias, felicidade, carinho e amor.
            Maravilhosa vida minha que me permite ter a chance de ouvir palavras tão sabias, de tanta verdade, da tanta saudade... Num tempo em que ninguém mais tem tempo para ouvir, nem tão pouco para refletir a grandeza da simplicidade do amor.
            Dona Bibiana quase não usa remédios, em nem um momento queixou-se da vida, num tempo em que jovens mulheres de trinta anos ou menos sofrem de depressão aos milhares, ver sua postura serena diante da perda do amado e de quatro de seus oito filhos, me fez refletir sobre valores. O que vale de verdade no final de nossos dias os “bens” que fizemos na vida ou bem que a vida nos fez?
            Não se a verei de novo, mas pelo resto dos meus dias lembrarei sua simpatia, sua verdade e o seu sorriso encantador e faceiro ao falar simplesmente de amor.


Nome: Geraldo Trombin
Pseudônimo: Areg
Cidade: Americana - SP
Titulo: Os Ensinamentos da Dona Régua

Os Ensinamentos da Dona Régua

Assim, do nada, voltei aos meus sete anos. Tempo do grupo, como se dizia antigamente. E eu me vi exatamente assim no álbum das minhas mais remotas memórias fotográficas; um indefeso pedacinho de gente, em pé, entre a mesa da professora e a gigantesca lousa, inerte, tão branco quanto giz que segurava em minha pequenina e frágil mão. Ora olhando para o seu já emburrado rosto; ora para o objeto de madeira fina e solido que empunhava, aparentando medir mais de metro de tão comprido; depois para o enorme problema que arrumou pra mim, persistindo sem qualquer solução. Não sabia o que fazer como resolver. Os minutos, ali parado, pareciam intermináveis horas no cárcere, um eterno e gélido castigo. De repente, percebo aquele artefato alongado vindo em minha direção, acertando em cheio a minha cabeça, me levando ao chão, de cócoras, aos soluços e prantos incessantes. Só podia ser ela
Era 1966 ou 1967. Não me lembro ao certo, talvez 1968. O que me recordo é que, naquela época, o quadro era realmente negro, ostentando logo acima da moldura superior um dos símbolos maiores da nossa querida pátria amada idolatrada, salva, salve – a Bandeira do Nacional. Negra também era a situação de alguns alunos da segunda e terceira series do primário do nosso colégio. Entre eles, eu e dois irmãos- amiguinho de bairro, que, apesar de não estudarmos nas mesmas salas, sofríamos de um terrível e incorrigível mal comum: o medo dentro da classe, provocado por aquela mesma senhora que se utilizava de um sistema de ensino nada convencional muito menos didático; a metodologia da régua aliada à cara feia.
Resultado: quando tínhamos aula com a dita cuja, nem arrastados queríamos ir à escola, queríamos mais é distancia; quando íamos e éramos chamados lá na frente para fazer o exercício: taquicardia, tremedeira no corpo, boca seca, olhos arregalados e a sensação de estarmos quase sempre fazendo aquilo nas calças. Ate os nossos bem cuidados e protegidos materiais escolares cadernos, canetas, lápis e borrachas - ficavam num verdadeiro treme-treme dentro da bolsa, sem querer sair daquele lugarzinho tão seguro.
Preferiam permanecer escondidinhos, longe dos olhos da vil mestra. A coisa ficava mais preta quando não sabíamos a matéria ou errávamos a questão. Daí pronto! Na frente de todo mundo, como represália, a Dona Régua entrava em ação, comia solto, castigava: era petardo pra Ca, tabefe pra lá. Um verdadeiro Deus nos acuda, um horror que não parecia ter fim. Aprendíamos na marra ou na porrada. Ou melhor, na reguada.
Realidades bem distantes dos direitos humanos de hoje, a coação e a hostilidade eram tantas que trouxeram desastrosas conseqüências, nem tanto a mim, mas aos meus coleguinhas, sendo desconfortavelmente  à carteira perante os sórdidos olhares de tamanho algoz educacional.
Graças que – cada um ao seu tempo – todos passaram de ano, seguiram suas vidas trilhando o caminho do bem, sem qualquer seqüela daquela que, em vez de sala de aula, acabou transformando-se em uma temida sala de torturas.
Só espero que a famigerada docente não tenha levado para dentro de sua própria casa, ao seu querido filho – igualmente aluno daquele estabelecimento público-, tão árdua disciplina e assustadora lição, motivadas por suas frustrações ou, quem sabe, a desconcertante viuvez.
E que como eu, diante deste quadro tão negro da educação, ele também, ao se formar, tenha exaltado, cantado com muita alegria e orgulho, guardando carinhosamente em suas reminiscências a sabia mensagem do nosso memorável hino escolar: “querida escola, adeus, adeus, despeço-me de ti com saudades, pois tua lembrança ira me conduzir às portas da felicidade”.


Nome: Rosa Maria Pasa
Pseudônimo: Esperança
Cidade: Passa Sete- RS
Titulo: Encanto, Magia e Economia

Encanto, Magia e Economia

A execução de uma receita culinária pode ser um momento mágico que seduz e encanta.
Desde criança vivenciei experimentos marcantes que, sem sombra de duvida, pode-se dizer, ate incomuns para a maioria das crianças, ler e escrever também era “coisa que fazia em casa”,mesmo antes de ingressar na escola.
Entre tantas ciosas que aprenderíamos no entorno familiar, creio que a mais “mágica e encantadora” foi a produção do fermento químico em pó – o “Royal”.
Ao certo, eu não sei onde minha mãe, MCP, aprendeu a formula. Quem sabe, tenha sido nas reuniões dos clubes 4 S da ASCAR (EMATER), que minha irmã mais velha frequentava (e eu acompanhava-a, lá com meus menos de 10 anos de idade, me encantando com tudo o que lá acontecia! ); ou na Semana Ruralista que ocorreria no mês de julho, na paróquia São Marcos, de Vila Segredo, RS, também ministrada pela ASCAR. Tais encontros visavam em primeiro lugar, o incentivo a produção caseira de alimentos (para as mulheres).
O momento do preparo do fermento era muito esperado por nós. Cada qual queria ajudar mais na hora de misturar os ingredientes. E cabia, é claro, a mãe administrar esse “grande acontecimento” de fazer na nossa casa, pelas nossas mãos, o mesmo produto que comprávamos pronto, nas latinhas.
Todos ao redor da mesa participávamos do “rodízio” – que não era de pizza- mas de misturar os ingredientes que devem ser peneirados sete (7) vezes para se obter uma mistura homogênea, garantindo-se assim o crescimento de bolo, cucas... E ate mesmo para amaciar feijão, carnes, etc.
E não pense que é simpatia, superstição, crendice, o ato de joeirar sete vezes. É lógica química.
Na participação desta atividade tão simples, nos divertíamos e nos maravilhávamos pelo puro ato de “fazer em casa” um produto tão distante de nós – produzido lá na indústria!
Por muito tempo ficávamos sem “fazer” o fermento pela dificuldade na aquisição de um elemento químico e depois por considerarmos inviável economicamente.
Voltando a pratica do tempo de infância, senti que a experiência é impar e tudo volta a ser como outrora.
Ao dividir o produto com algumas amigas, percebo nelas o mesmo encantamento pelo fato de poder fazer o fermento em casa.
Você poderá desfrutar desta experiência e dividi-la com seus amigos seguindo os passos:
RECEITA DE ‘ROYAL’
250 gramas de cremor de tártaro
250 gramas de amido de milho (maizena)
150 gramas de bicarbonato.
Misture os ingredientes em uma bacia. Passe sete (7) vezes na peneira fina para farinha. Joeirar ate passar todo conteúdo para a outra bacia. Guarde em lata ou vidro hermeticamente fechado, em local seco, escuro e arejado.
Embora o custo ($) seja superior ao produto industrializado, é muito gratificante fazer com nossas mãos e, em assim produzindo, você deixa de estar consumindo varias embalagens industrializadas... Experimente!
Na relação custo/beneficio, o meio ambiente também ganha, e muito!
Você vera que, mesmo depois que se deixa de ser criança, a execução de pequenas coisas continua sendo um momento de encanto, magia e economia!


Nome: Janete Teresinha Schuh
Pseudônimo: Neka
Cidade: Segredo - RS
Titulo: A palavra

A palavra

A palavra no nosso dia a dia tem o poder e magia, pois ela facilita a nossa relação com o mundo e possibilita-nos transformar e edificar nossas vidas, para isso é importante que façamos escolhas que fazem a diferença...
Nos, seres humanos, somos dotados de capacidade para nos comunicarmos através da palavra: expressando nossos pensamentos, sentimentos e opiniões.
            A palavra proferida, com entonação no momento certo e corretamente, tornou-se um meio eficaz em nossos relacionamentos e forma elos, fazendo com que vivamos saudavelmente. Se quisermos ter uma colheita abundante, devemos semear somente de fé, coragem e otimismo com palavras de incentivo, amoré alegria.
            Deduz-se que a palavra é a chave mágica do portal da sabedoria e da paz universal. Ela é o instrumento imprescindível para tornar nossa convivência melhor, porque ela rejuvenesce os nossos sonhos e desperta a paixão pela vida.



Nome: Neiva Marli Bartz Rubert
Pseudônimo: Senhora Triste
Cidade: Segredo - RS
Titulo: Saúde

Saúde

Ter saúde é estar fisicamente, mentalmente e espiritualmente bem.
O ser humano aprende as primeiras experiências de saúde na família, pois quando nasce um bebe esse já recebe cuidados higiênicos como; tomar banho todos os dias, lava-se a boquinha com um paninho branco, tendo cuidados em ter as vacinas em dia para evitar contagio de doenças.
Na escola também são dadas orientações para que se tenha boa saúde. São praticados escovações dentarias, colocado flúor e feito atividades com livrinhos saúde SESC com os alunos para incentivá-los a serem saudáveis.
A saúde depende de vários fatores como, por exemplo, um meio ambiente bem cuidado, com atividades de preservação da natureza, coleta seletiva do lixo, reutilização do que possível, alimentação saudável com alimentos naturais e orgânicos alem de vacinas em dias, horas de laser, trabalho e bom sono.
Porem vivemos num pais em que ainda há muita desigualdade, e sabemos que existem pessoas que não tem acesso a uma boa alimentação, por falta de condições, ou por não ter um bom emprego, ou por não produzir alimentos suficientes em caso de seca na agricultura, ai como poderão se alimentar bem? E se precisarem gastar no medico em caso de doença? É complicado, pois se sabe que para ganhar atendimento quando se necessita nos postos de saúde é preciso ter sorte, o que é comum é dizer não tem vaga.
Alem disso, vemos que algumas crianças têm sua primeira refeição quando é servida a merenda. Isso é muito triste para um pais como o Brasil, onde há grande diversidade de produção e uns políticos ganhando ate mais de cem salários mínimos ao mês e não tem competência de administrar os compromissos com o povo, desviam verbas do turismo, saúde e educação entre outros que poderiam ser usados em beneficio do povo.
 Seria muito bem se isso mudasse e todos pudessem ter uma boa alimentação, uma boa saúde e viver bem. Assim a sociedade teria mais paz, harmonia e funcionaria melhor.



Categoria Juvenil - Selecionados de 4° e 10° sem classificação

Nome: Andríeli Bertó
Pseudônimo: Laura
Cidade: Sobradinho - RS
Titulo: Momentos

Momentos

Nos dias de hoje deixamos de perceber o quanto as coisas simples são bonitas e importantes.
Com o passar do tempo vamos dando muita importância as coisas materiais, deixando de lado os gestos e palavras que um dia era essencial em nossa vida.
Antigamente as crianças brincavam com pedrinhas, com bonecas de milho, brincavam de esconder, pega-pega, etc. E as vezes ganhavam apenas um chinelo de presente de aniversario.
Mas hoje essas brincadeiras vão sendo trocadas por jogos de computador, internet e brinquedos que fazem mil e uma coisas.
Deveríamos parar um minuto nesse tempo que não passa depressa para olhar o dia, sorrir para alguém, brincar com os filhos, ler um livro, ou ate mesmo esquecer os problemas e pensar em como a vida é bela. Por que as vezes, só percebemos que esta chovendo quando sentimos gotas nos molhando.
Pensamos tanto no trabalho que muitas vezes nem percebemos quando uma pessoa esta conosco.
Somos capazes de pisar um uma flor, em vez de parar para admirar sua beleza, não conseguimos para apreciar a beleza, sem perceber o quanto somos contemplados com ela, e deixamos de lado amigos e família por coisas fúteis, dando muito valo ao dinheiro, que não passa de um simples pedaço de papel.
Há tempos atrás talvez as pessoas dessem mais valor a vida, coisa que é meio raro hoje em dia, porque aos poucos estamos perdendo a essência de vida.
Deveríamos dar mais atenção a família, amigos e esquecer um pouco do trabalho, dinheiro e perceber o que realmente importa aproveitando cada segundo da vida.


Nome: Felipe Melchior
Pseudônimo: Independência?  Democracia? Existe?!?!
Cidade: Sobradinho - RS
Titulo: A Águia

A Águia

Independência ou morte! Essa foi a frase que proclamou nossa independência por Dom Pedro I. Mas eu te pergunto, nos vivemos em país independente?
Independência é ver filas formadas desde as duas horas da manhã, e que em muitas vezes são surpreendidos pela frase – O medico não veio! – elas não voltam para o aconchego de suas casas, elas passam frio, procurando outro hospital, mas chegando a, a sala de espera esta lotada, pessoas esperando ate nos corredores, junto com pacientes em macas improvisadas. Isso é independência? Isso é democracia?
Independência é, as pessoas ficarem enclausuradas em suas casas, atrás de muros altos e cercas elétricas, com a falsa idéia de segurança, pois os bandidos vivem soltos e as pessoas que não devem nada, pagam seus impostos, presos pelo medo. E se os bandidos são presos, são condenados a alguns anos de prisão, mas ficam seis meses, e são soltos por bem comportamento. Isso é independência? Isso é democracia?
            Independência é os professores não serem valorizados com um salário digno, não terem uma motivação, eles que preparam os profissionais para exercerem as mais variadas profissões, a maioria bem remuneradas. Isso é independência? Isso é democracia?
            Independência é ver os deputados aumentarem seu salário em mais de vinte mil, enquanto uma família, tenta sobreviver com um salário mínimo, trabalhando quarenta horas por semana, enquanto senadores e deputados trabalham bem menos. Isso é independência? Isso é democracia?
            Independência é ocupar as horas vagas dos trabalhadores, com a propaganda partidária obrigatória, enquanto a família poderia assistir à novela ou a um filme, enquanto os políticos apresentam seus projetos para o “bem” da sociedade. Isso é independência? Isso é democracia?
            Independência é ter diferença social? Poucos têm muito, mas muitos têm pouco. Onde que para essas famílias que tem pouco, faltam as condições básicas de vida como moradia, emprego com salário digno, segurança, alimentação, entre outros. Isso é independência? Isso é democracia?
            Por fim, nossa independência só acontecera quando os direitos forem igualados! O Brasil tem que melhorar e muito! Mas sim, independentes, no papel! 


Nome: Luísa Steinhaus Lisboa
Pseudônimo: Brunce bigodinho
Cidade: Sobradinho - RS
Titulo: Criminosos

Criminosos

Todos os dias, durante o almoço, meu pai liga o radio para escutarmos as noticias da região. E cada vez mais ouço o radialista narrando crimes e furtos. Anos atrás, o problema aqui era a maconha. E hoje, não tenho duvida de que não sou a única que vê tal droga como um dos menores problemas.
Tenho certeza que cada vezes as mães saem, mandam seus filhos fechar a casa e “só abrirem uma frestinha, para ver quem é”, no caso de alguém bater a porta. Se eu fosse mãe, diria para não abrir Nem uma frestinha.
As pessoas estão perigosas, e eu fico perguntando o que passa pela cabeça de alguém que coloca os outros ao seu redor em risco. Talvez desejo, corroendo a sim mesmo por dentro. As mães também dizem que é por falta de estudo. Talvez sim, talvez preguiça de citar outro motivo?
Já parou para pensar que um criminoso pode ter se tornado um criminoso, não pelo resultado dos próprios erros, mas por ter ido na onda de um “amigo”? Deve ser por isso a tamanha preocupação dos pais em saber onde seus filhos estão, com quem, e fazendo o quê.
Em abril assisti a uma palestra- a melhor que eu já assisti sem dúvida nenhuma – na qual o palestrante listava os quatro passos para o sucesso. Um deles, ter ao seu lado pessoas de confiança. Tenho certeza que se pensar um pouco, você vai encontrar mais de um infeliz motivo que tornou um futuro prodígio em um “bad boy”
E aqui em Sobradinho, cerca de dois, ou três por cento da população é perigosa. Sei que tal assunto é bem mais complexo do que a humilde crônica que aqui estou a narrar, mas em meio – ou mesmo distante, por que nunca se sabe quando alguém vai cometer um erro fatal- a pessoas perigosas, o importante mesmo é se proteger e proteger nossa família ao Maximo possível. Tanto dessas pessoas quanto desse frio que só no sul faz. Mas “é assunto para outra crônica” talvez em breve.


Nome: João Lucas Habekostc Freitas Rubert
Pseudônimo: Fucas
Cidade: Sobradinho - RS
Titulo: Duzentos Milhões

Duzentos Milhões

Sou o brasileiro de numero duzentos milhões, faz três dias que nasci, e já penso em como vou viver neste mundão, cheio de gente, que são ate mais que quatro vezes o meu tamanho. Já quando nasci tinham muitos desses grandalhões em volta de mim. Naquele momento, me senti especial, pois recebi o numero de duzentos milhões, mas penso que nesse mundo cheio de poluição, tecnologia, violência não seta fácil viver.
Vejo minha mãe falando para meu pai que como tenho apenas três dias de vida não iria conseguir se comunicar comigo, mas eu apenas não conseguia responder. Tratei de aprender e falar logo, e ai, travei um bom dialogo com os dois.
Sempre achei que meu mundo seria só alegria, mas não, agora já entendo melhor as coisas, vejo que para se ter uma vida digna hoje em dia é preciso de muito estudo, dedicação, esforço e suor. Isso é necessário porque estamos vivendo em um mundo de acentuado desemprego. Para se ter bastante estudo é preciso ter muita vontade, pois essa atividade exige muita dedicação.
            Já estou garantindo e penso em que vou fazer no futuro. Tenho 13 anos e fazendo a sétima serie, penso em fazer astrologia, sei que é meio estranho (na minha opinião é claro) mas é o que eu quero, talvez pelas viagens que eles realizem.
Na adolescência, vejo minha vida um saco, minha mãe acha que sou seu emprego quando me manda lavar a louça, ou ate mesmo tirar o pó dos moveis, para que tudo isso se ela pode fazer? La em casa, meu pai e eu brigamos muito, eles me falam que sou rebelde, mas dizem como se fosse normal, porque todos da minha idade são assim.
Meus pais não me deixam sair, ir a festas com meus amigos, eu tenho fazer que eles me permitam ir na marra, mas só consigo piorar as coisas.
Minha primeira festa foi aos 16 anos, não quero entrar em muitos detalhes, mas posso adiantar que estou apaixonado. Cheguei em casa um pouco fora do normal, por causa da bebida, e minha mãe já se arrependeu de ter deixado eu ir. Ela é muito apegada em mim. Mas ate parece que nunca teve os seus 16 anos, e aposto que ela fez coisa muito pior.
Dezoito finalmente, parecia que nunca chegaria. Ganhei do meu pai um carro. Usado mas era meu, ele falou que a carteira era por minha conta. Vejo que o transito mudou muito de um tempo para cá, é difícil se achar lugar para estacionar, acontecem milhares de acidentes em apenas um dia, são muitos os problemas de transito, eu demoraria para conseguir falar todos. Com 18 anos, vi que o que eu quero realmente na é cursar astrologia, a fazer viagens malucas. Mas sim, medicina e cuidar das próximas gerações. Sei que vou conseguir se me dedicar muito aos estudos, e tiver muita força de vontade. Quero passar em uma federal, o que é o sonho de quase todos os estudantes, mas medicina é uma das mais concorridas. Quero ser um bom medico bem sucedido e comemorar com o nascimento do brasileiro de numero trezentos milhões.
Vinte e cinco anos se passaram, e eu consegui conquistar um dos meus objetivos, me formar em uma universidade federal de medicina. Já consegui um emprego em um hospital publico, estou bem de vida, ate porque medico não ganha pouquinho, não é? O começo de tudo esta ótimo. Já ajudei muitas pessoas que precisavam de mim. Agora os casos de morte por câncer são raros com o uso de vacinas, que não eram existentes no passado. Essa foi um dos grandes avanços na área de medicina. O transplante tornou-se uma pratica comum e, em todos os hospitais há recursos para a retirada de órgãos. A AIDES, que já matou muito no passado, hoje esta sob controle. Atualmente morrem por estresse e pela poluição do ar, das águas e dos alimentos.
Muitos anos se passaram e eu tive uma vida digna, conquistei muitas coisas que eu queria, uma delas ajudar no nascimento do brasileiro de numero trezentos milhões. Hoje com quase 65 anos, infelizmente descobri que ajudei tanta gente na minha vida e agora eu preciso de ajuda, pois tenho uma doença rara causada por altos índices de radiação, e o casa é grave. Os especialistas falaram que tenho uma semana de vida apenas. Apesar de sentir a aproximação da morte, estou em paz, pois cumpri o meu papel como cidadão e como profissional.


Nome: Nadyanni Andres
Pseudônimo: Lola
Cidade: Segredo - RS
Titulo: Meu Mundo

Meu Mundo

Meu mundo pede ajuda, grita por socorro, não agüenta mais viver em um lugar com tanta poluição, com tantas tragédias, com tanta violência.
Meu mundo se pergunta por que para nos é mais fácil jogar um papel no chão, do que jogá-lo no lixo. Meu mundo se pergunta, porque existe tanta gente sofrendo, sem ter um teto para se abrigar, sem ter água para beber, sem ter comida para se alimentar, meu mundo pergunta sim, ele pergunta e tenta ajudar mostra o que devemos fazer para ajudá-lo, mas o ser humano, este sim, que diz ser o único ser capaz de pensar, simplesmente ignora os chamados de ajuda do nosso planeta parar para ver a situação que a própria casa se encontra.
Meu mundo chora ao ver as pessoas morrendo de sede, e outras morrendo afogadas. Meu mundo chora ao ver o homem destruir florestas inteiras, se assunta ao ver milhares de pessoas mortas, meu mundo se entristece ao ver tanta fumaça sair das chaminés das fabricas.
Meu mundo, que é a nossa moradia, que nos dá alimentos, que nos da água, que nos dá condições de vida, este sim, nem ao menos é lembrado nas orações, esta acabando, suas riquezas terminando, o que será dos grandes milionários que usam de nossas riquezas para enriquecer mais e mais a cada dia? O que será dos grandes produtores, quando não existir mais chuva para regar suas plantações? O que será de todos nós, quando não existir nenhuma gota d’água? Será que vamos nos conscientizar de que nosso mundo pede por ajuda? Mas será, que nesse momento, já não vai ser tarde demais? Pense, entenda, ajude agora! Amanha ou depois pode ser tarde demais para salvar algo tão imenso e importante para nós.  Respeite e valorize sua vida! O nosso planeta agradece.


Nome: Uilian Pavanatto Rodrigues
Pseudônimo: LávoEuuuu
Cidade: Passa Sete - RS
Titulo: O Prazer dos Loucos

O Prazer dos Loucos

Dormir, trabalhar, pagar impostos, comprar, comer e dormir de novo. Há quem diga que esse é o resumo da vida de todo ser humano. Em tempos onde o capitalismo selvagem, cercado pela tecnologia propensiva e atenção que nos faz escravos do ultimo lançamento, só o que vejo é propaganda. No outdoor, na TV, no jornal, na internet, na rua; em todo canto há uma enxurrada de anúncios. Não é a  toa que ficamos expostos em media mais de quatro horas por dia em meio a estes. Seria realmente necessário este exagero? Talvez este seria o preço do desenvolvimento tão sonhado para nossas cidades.
Sem duvida nosso atual sistema econômico não é nada favorável a qualidade de vida, já que ele tenta substituir ate mesmo nossos sentimentos com bens materiais e prazeres consumistas. Um BM exemplo é o tão esperado Natal, onde vale mais um bom presente do que estar com a família. Para consumir dedicamos boa parte de nossa vida unicamente para esse fim.
Tudo parece ser tão artificial, na atualidade, quando a nossa comida, que é abastecida constantemente de corantes e conservante para gerar mais lucros. E a saúde? Ahhh, a gente faz uma reportagem, cheia de anúncios por sinal, sobre o perigo desses alimentos, mas só a exibe na madrugada, para evitar prejuízos à cadeia econômica.
E os pobres desamparados? Estes para entrar nesse ciclo econômico só pelas mãos do voto que, vendido por qualquer trocado, servem para satisfazer seus pequenos sonhos atiçados pelos constantes anúncios, que por outro meio, infelizmente, só o roubo satisfaz. E se todas as pessoas têm esse direito do “ter” por que só o pobre não teria, afinal os fins justificariam os meios.
Já deu para notas o quanto estamos alienados com os prazeres do consumo. Destruímos a natureza, e, para amenizar esses impactos, fazemos no Maximo um “alarme fórum de discuções sobre a tragédia ambiental”, que na pratica não resolve muita coisa. Por quê? Talvez pelo simples fato de que eu e você somos loucos por aquele ultimo lançamento o que obriga a indústria a produzir mais e mais, devastando nosso querido lar. A ganância é tão feroz que nem mesmo conseguimos pensar no outro lado da historia. E amanhã??? Ate quando vamos viver escravamente por esta, passando por cima de tudo. Não seria hora de dizer um basta e zelarmos ao menos por nossa integridade como seres humanos?! Nessas condições eu realmente não sei mais quem são os loucos...


Nome: Cristiana Bernardy
Pseudônimo: Lika
Cidade: Segredo - RS
Titulo: Cuide da Vida

Cuide da Vida

Cabe a cada um de nos preservamos a vida no nosso planeta e faz-se necessário que tomemos atitudes que contribuam para a sua proteção, assumindo assim, o dever de cuidar dele.
A preservação do meio ambiente é de muita importância, pois ela garante a sobrevivência das futuras gerações, a qual visa o nosso bem-estar, qualidade de vida e o equilíbrio ambiental. Com pequenas ações obtermos grandes resultados, se cuidarmos do lugar em que vivemos, nosso vida será mais saudável e harmoniosa. Agindo desta maneira, consequentemente, seremos mais saudáveis, contribuindo para que o nosso meio ambiente fique inteiro. Você esta fazendo a sua parte? Pense, reflita e parta para a ação... Que ações podem realizar para preservá-lo? Comece agora!
O planeta precisa da nossa colaboração. Tenha uma consciência ecológica e cuide bem dele, com muito amor, tomando o seu lugar o melhor para se viver! Vamos colocar em pratica ações que busquem a qualidade do meio ambiente.
Temos que ser gratos pela nossa vida e todo o bem que nos cerca usando os recursos naturais de forma racional, consciente e sustentável. É nossa responsabilidade proteger a nossa vida e as dádivas da natureza: solo, plantas, ar, água, animais... Para que todos possamos viver bem.



Categoria Infantil - Selecionados de 4° a 10° sem classificação

Nome: Ana Caroline Mergen
Pseudônimo: A menina Sonhadora
Cidade: Segredo - RS
Titulo: Saúde

Saúde

Saúde é o bom estado físico, mental e espiritual do ser humano.
Para isso é preciso ter higiene pessoal, com os alimentos e com o ambiente onde vivemos.
O ser humano aprende desde bebê as primeiras experiências de higiene. O bebê recebe cuidados como banho diário. Lava-se a boquinha dos recém nascidos com um paninho e água, evitando doenças, também recebem vacinas que ajudam evitar contagio de doenças.
Para termos saúde é fundamental uma boa alimentação com frutas, verduras e cereais entre outros. É importante a higiene com os alimentos bem como os cuidados em armazenar na geladeira e no armário e cuidar bem a higiene pessoal.
Também precisamos praticar esportes, ler bons livros, dormir nas horas certas e ter horas de lazer.
Alem disso, é importante ajudar os nossos pais nas pequenas tarefas do lar e estudar com boa vontade para sabermos ser responsáveis por nos, apesar de existir tantos problemas nos setores que prestam assistência a saúde, precisamos aprender desde pequenos como agir em defesa da nossa saúde e de nossa vida.


Nome: Eloi Kipper da Rosa
Pseudônimo: Loi
Cidade: Segredo - RS
Titulo: A Casa

A Casa

Em setembro os pedreiros começaram a construir a casa da minha vó. De manhã eu vou à escola e de tarde eu ajudo os pedreiros.
Por primeiro, eu coloco os tijolos num carrinho de mão, ai levo ate a casa que esta sendo construída, para ajudar os pedreiros e para que a casa fique pronta mais rápido.
Eu gosto de fazer isto, pois estou ajudando as pessoas e quando eu crescer sei que poderei olhar para a casa de minha vó e me sentirei feliz e com muito orgulho em saber que naquela casa tem um pouco de mim.


Nome: André Gustavo Lago
Pseudônimo: Dé
Cidade: Sobradinho - RS
Titulo: O Traidor

O Traidor

Era uma vez um reino muito bonito, porem ele vivia em constante confronto com outros reinos ambiciosos, por isso eles tinham verdadeira fortaleza para se proteger.
Ate mesmo um dia um homem desse reino se vendeu para o inimigo por moedas de ouro e em troca ele revelou a fraqueza da fortaleza.
Os inimigos invadiram o reino, passando facilmente pela fortaleza e matando todo mundo que por lá vivia.
Então, o homem que se vendeu para os inimigos ficou pensando: será que valia a pena a morte de um reino inteiro por apenas miseras cem moedas de ouro?
Esse homem se arrependeu profundamente, mas não adiantava mais chorar pelo leite derramado.


Nome: Aline da Silva
Pseudônimo: Mônica
Cidade: Sobradinho - RS
Titulo: Um Pouco das Estações

Um Pouco das Estações

A chegada da primavera no Brasil é um espetáculo, todas as pessoas planta flores, quando eles crescem são colhidas e assim vão de dia a dia. As crianças aproveitam e fazem balanços, brincam, etc. as pessoas se agitam, fazem festa e tudo mais. Mas tudo tem fim, a primavera acaba e começa uma nova estação.
A primavera acabou e agora é o verão que nasceu, e o sol raiando o dia é a maior alegria nas ruas, não é todo mundo, mais é uma grande quantidade de gente que viaja para a praia e para outros lugares interessantes de conhecer e de explorar. Tudo parece festa, parece alegria, mas também esta estação esta para acabar.
E ai sim, é uma estação fria, mas divertida. Não é em todo lugar, mas em uns quantos estados, países e cidades que caem neve. Aqui a geada de manhã e também temos que nos agasalhar bem, tanto de manha e de noite, quanto tarde. Meses vão, meses vem e mais uma belíssima estação, o inverno, então agorinha mesmo vamos conhecer outra estação do ano, não estão tão fria, mas da pra fazer.
E agora vamos ver a estação que se chama outono, outra estação gostozíssima, no outono também é tempo de frio, é bom também sentar e tomar café morno, não tão quente e bem gostoso, depois no jantar, comer uma lentilha bem quentinha, depois sentar no sofá e olhar TV com a família. E tudo vai bem!
Conversa vai conversa vem e esta historia acaba, não botei as estações em ordem, mas posso tentar: verão, outono, inverno e primavera e depois verão novamente para o ano seguinte.


Nome: Jessica Daiana Mergen
Pseudônimo: Kéka
Cidade: Segredo - RS
Titulo: Escola

Escola

Eu adoro ir à escola, porque há muitas pessoas legais. Os professores são muito queridos e ajudam na aprendizagem dos alunos.
Eles ensinam o que é certo e o que é errado, ensinam a ler, a escrever, o que nos torna pessoas sabia , pois quem lê viaja, sonha, transforma o imaginário, no real.
O que mais gosto quando chego à escola é encontrar com os amigos que acontece através da troca de experiências, com muitos projetos que envolvem as datas comemorativas: 7 de setembro, festas juninas, teatro, festival da canção, poesias, dia do gaúcho...
Por isso é que o ambiente escolar é muito legal, pois alem da aprendizagem que é necessária para nós, alunos, ainda contamos com muita amizade dos colegas, professores e funcionários, sendo que neste local formamos uma grande família.


Nome: Elisa Karem de Oliveira
Pseudônimo: Fada Rosa
Cidade: Sobradinho - RS
Titulo: Quem vê cara não vê coração

Quem vê cara não vê coração

Era uma vez uma menina chamada Bruna. Certo dia, ela estava com sua amiga na escola e a sua professora falou:
- hoje temos uma colega nova, ela se chama Tais.
Taís era tímida e quando ela e quando ela entrou na sala, Bruna comentou com sua amiga:
-Ela é feia e deve ser chata.
No recreio, Bruna estava só olhando para Taís e comentou com os colegas:
- Não suporto ver essa garota, ela é muito feia, me da ânsia olhar para ela.
Taís foi falar com Bruna:
-Bruna, você quer ser minha amiga?
-Você acha que sou amiga de gente feia!
Passaram os dias, todo mundo deixou de ser amigo da Bruna e começaram a ser amigos de Taís.
A amiga de Bruna falou:
-Bruna, você disse que Taís era feia, mas quem vê cara não vê coração.
Depois desse dia Bruna deixou de julgar os outros por ser bonito ou feio, mas sim pelo que são por dentro
Taís e Bruna ficaram amigas.


Nome: Maria Celeste Souza de Borba Krug
Pseudônimo: Aurora
Cidade: Segredo - RS
Titulo: Bullyng

Bullyng

 A hora de tratar o Bullyng é agora. Praticar violências, dar apelidos ofensas, espalhar mentiras, porem causar grandes problemas, tanto para quem o pratica, quanto para aquele que sofre a agressão.
A escola é um local de muitas situações iguais a estas, entre alunos, jovens e professores, pois alguns adolescentes são violentos com os colegas e ofendem por qualquer motivo, entre eles: o racismo, aparências, a vestimenta e pela diferença de classe social.
Esta sendo divulgado através de palestras e alertado não somente nas escolas, mas em todos os lugares, sobre as conseqüências do Bullyng. As pessoas que testemunham sobre ele, na grande maioria, alunos convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem serem as próximas vitimas das atrações. No espaço escolar, quando não ocorre uma intervenção por parte da direção e professores contra o Bullyng, ficam contaminado, os alunos são afetados negativamente e enfrentam sentimentos de medo e ansiedade.



Comentários

  1. Nossa, fiquei muito feliz de estar entre os selecionados da categoria adulto. O que significa essas seleção: menção honrosa? Qual a classificação?

    Abraços
    Geraldo

    ResponderExcluir
  2. Olá Sr. Geraldo,
    Nós é que ficamos felizes com a vossa participação, com a crônica "Os ensinamentos da Dona Régua". Esclarecemos que além dos 3 primeiros classificados e premiados foram selecionados mais 7 textos que não foram classificados e sim selecionados, por isso não temos a colocação. Seu texto foi elogiado pela comissão julgadora.
    Convidamos a participar novamente neste ano - 8° concurso, cujo regulamento já está disponível neste blog.
    Atenciosamente,
    Clélia Redin - Diretora de Cultura

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

19º Concurso Literário Jornalista Valacir Cremonese

DIVULGADOS OS VENCEDORES DO 18º CONCURSO LITERÁRIO JORNALISTA VALACIR CREMONESE – 2022.

18º Concurso Literário “Jornalista Valacir Cremonese” – Centro Serra- 2022